170. Crônica do Juízo Final III

O destino de qualquer relíquia
deveria ser dividida
em muitas partes,
neste lugar que não podemos
na repetição
por falta de outros nomes
para se reinventar
à semelhança
de um Deus literatura
forçados,
na sua ira, que ordena a morte das horas
ao chamarmos de memória
porque, não que a democracia
seja o destino dos destinos,
mas que a hegemonia veiculada dos autocratas
será, no futuro das inscrições,
das paredes de pedra,
'burocraticamente' questionada
pelos nacionalistas
através da cultura de massa.
Assim se impõe
a verdade na democracia:
as diferenças conquistadas,
que nunca foram sementes,
teriam antes de ser
frondosas árvores.

1 comentários:

Felipe Lobo dos Santos 27 de outubro de 2009 às 12:05  

Inverti: árvores frondosas

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A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

Nicolas Boileau-Despréaux
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