14. Rosas nuas

Rosas nuas na cidade,
noturnas.
Noites assediadas.
As fachadas de pétalas desmoronaram
concreto desbotado.
Das fortalezas
da luz do sol,
na mesma cor partida,
Em todo o espectro do momento,
Através da íris do firmamento

Em muros que não sabem falar,

às vozes vazias que falam na imaginação,
Que vazias não são mudas e também não sabem calar,
São inscrições sobre inscrições.

Por isso, quem poderá,
pelas avenidas,
com tuas vergonhas
rasgadas entre os dentes,
sendo flores de asfalto quente
em seus becos, delírios e vícios...
Para antes,
Do que já fomos nas cidades...

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A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

Nicolas Boileau-Despréaux
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