117. Poesia de partida

Logo que,
a penúltima pessoa sair
de casa,
a última deixará de existir
consigo,
Que não existe nem sozinho.
Sendo que, a saudade
não mais coincidirá com a dor
será esta a cura da primeira.
Se o tempo cura a dor,
que se cure o tempo!
que a saída do último é inevitável.
E o que dizer ao primeiro,
ao refletir sobre este momento:
que volte com por sua vontade,
não pela do tempo,
que este não se cura,
nem da dor,
que esta faz deixar de existir
aqueles que procuramos
ao encontrarmos.

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A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

Nicolas Boileau-Despréaux
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