113. Por todos aqueles que roem

Alguém nos diz
que outro alguém que olha por nós
É nós mesmos,
Que está no meio de nós,
Mas existem muitos
que olham nossa comida,
nossa carne,
nossos pertences
e roem.
Eles não querem nossos templos,
não querem nosso ouro,
somente nossos ossos.
Não querem nossa devoção,
apenas serem livres de nossas armadilhas.
São melhores que qualquer deus
e piores que qualquer homem e,
por isso,
são os donos deste planeta.

São por todos aqueles que roem,
não vão deixar de roer uns aos outros,
e são por nós também.

2 comentários:

Felipe Lobo dos Santos 9 de maio de 2009 às 08:36  

Esse é para o Número 1. Em pouco tempo, nem vou lembrar do porque deste comentário.

Felipe Lobo dos Santos 9 de maio de 2009 às 08:41  

Inclui: não vão deixar de roer uns aos outros,

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A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

Nicolas Boileau-Despréaux
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