115. Em crise (para Austregésilo Carrano Bueno)

Existe uma voz ausente, maldita!
Que não responde aos que nos libertam,
ou querem libertar.
Uma voz que não é dos poetas,
mas que quer poesia,
para falar de todos os assuntos
que o falaria, se o fosse,
sem apresentar os nomes,
se loucos ou não, somos pela diversidade.

Que loucura é essa de parar
de prestar atenção no mundo
e fazer arte?
É a loucura que funda o mundo!
e sabemos administrá-lo,
não precisamos de tutela,
mas de outros,
que, além de fazer arte,
se envolvam com a sujeira do mundo.

Alguma autoridade técnica,
a qual, por surgir despersonalizada,
não se lembram, chamou-me poeta,
não estou organizado para afirmar,
mas onde houver crise,
o que chamam de arte,
deverá estar lá.

1 comentários:

Felipe Lobo dos Santos 4 de agosto de 2009 às 00:12  

Mudei: Sabemos administrar o nosso mundo
para e sabemos administrá-lo

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A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

Nicolas Boileau-Despréaux
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