69. Para conhecer uma mulher

Vejo em você, mulher,
o amor às suas pegadas,
Coisa que, antes,
eu não sentia.
Se as reconheço, mulher,
é porque antes não te conhecia,
Eram marcas em um corpo verdadeiro.
Não porque sejam firmemente de carne,
mas por que era,
para mim,
uma fantasia de anjo,
inconfessável fetichista,
com um sexo costurado entre as pernas?
Não, vejam que sou machista!
Contorcendo entre desejos românticos
do sexo que não brotou,
nele foi pregado.
Para conhecer, mulher,
é preciso abusar do que sou?
Será que sinto?
Se sinto é porque te conheço,
por escapar, inteira, das minhas armadilhas.

8 comentários:

Felipe Lobo dos Santos 14 de março de 2009 às 07:46  

Queria ter postado no dia das mulheres. Infelizmente não veio.

Felipe Lobo dos Santos 14 de março de 2009 às 20:08  

Sai: Vejam o meu lado machista,
Entra: Vejam esse meu lado, machista!

Acrescentei: E para conhecer, mulher, é preciso abusa-lo!
entre: se contorcendo entre desejos românticos e impossíveis.
Isso eu sinto,

Felipe Lobo dos Santos 15 de março de 2010 às 17:53  

Acrescentei: ,inteira

Felipe Lobo dos Santos 15 de março de 2010 às 17:54  

Sai: impossíveis

Felipe Lobo dos Santos 16 de março de 2010 às 12:02  

de concebida para trançada
de somente para fimemente de
entra fetichista

Felipe Lobo dos Santos 17 de julho de 2025 às 23:56  

Sai: Eram marcas de uma rede de carne mal trançada.
Entra: Eram marcas em um corpo verdadeiro.

Felipe Lobo dos Santos 17 de julho de 2025 às 23:58  

Sai: (...) firmemente de carne; seria melhor assim,

Felipe Lobo dos Santos 18 de julho de 2025 às 00:02  

Sai: um mero arremedo de fantoche, Entre um disfarce, uma fantasia (...)

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A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

Nicolas Boileau-Despréaux
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