220. Apoenístico IV

Se há tantos galhos
quanto há pássaros,
Não será possível que,
por segurança,
cansarão de trocar
os galhos e os pássaros
dois a dois?

Motivos não são como asas,
que se bastam aos pares,
mas sabendo voar ou não,
basta um galho seguro de si
para equilibrar um passarinho.

O que me leva à dúvida:
se, para as árvores,
os pássaros seriam bons substitutos
de seus galhos.

Será que,
certo dia,
os galhos,
muito seguros de si,
voarão para longe?

1 comentários:

Felipe Lobo dos Santos 6 de maio de 2010 às 09:33  

add: O que me leva à dúvida:
se, para as árvores,
os pássaros seriam bons substitutos.

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A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

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