176. Übermensch III

Se é uma nobre verdade que o sofrimento existe,
não quero ocupar-me demais de seu ser nobre,
por isso, o eu abandona a eternidade apenas como aposta.
Assim, se é da memória
que ordenamos o sacrifício das horas
para este Deus,
porque continuamos constituindo
a nossa experiência da matéria renovada
na exumação do tempo?
Seria este o seu estado da arte,
o de esconder-se entre todas as outras obras?
e da certeza do asilo,
a única forma de tornar-se infalível?
a única verdade a do sofrimento dos que nele confiam?
Pois não há nenhuma lembrança dele
que não seja matéria do esquecimento.

1 comentários:

Felipe Lobo dos Santos 9 de novembro de 2009 às 21:40  

Acrentei: 'Não há nenhuma lembrança dele que não seja matéria do esquecimento' e renovada depois de matéria.

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A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

Nicolas Boileau-Despréaux
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