198. Silêncio

Morando ao lado da solidão,
na vizinhança,
o silêncio ensurdecedor que não redime.
Conversando por dentro, cativeiro-me!
Saia daí,
sequestrado que estou,
e me convença
de que a culpa não é,
como brincadeira,
a mímica do mundo.
Se nem toda mudez é silenciosa,
Como poderei perguntar
Conversando sozinho
quem vem comigo?

A Lógica é a genética da preguiça de criar, e a criação precisa de intensidade sendo o exercício do impossível imediato, mas, às vezes, porque não sermos um pouco indolentes?

“Fuja da abundância estéril desses autores, e não se sobrecarregue com um pormenor inútil. Tudo que dizemos a mais é insípido e degradável; o espírito saciado repele instantaneamente o excesso. Quem não sabe moderar-se jamais soube escrever.”

Nicolas Boileau-Despréaux
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