Por ser o tempo
um mero cerimonial
estará em sua solenidade
como uma 'presença transcendente',
a imagem e semelhança
do vazio de uma carcaça
que, há vários dias,
aprisionava os órgãos
cada um, em suas vidas,
do corpo, pedaços de si.
Disso não sei das vidas alheias
pela solidão destes
mas por seus cheiros.
Pelos entendimentos
que não são alheios ao ar
posso dizer que
ao menos
um pulmão morreu na praia,
junto com as carcaças
que tentou entender.
215. A carcaça II
quinta-feira, 22 de abril de 2010
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