Se é uma nobre verdade que o sofrimento existe,
não quero ocupar-me demais de seu ser nobre,
por isso, o eu abandona a eternidade apenas como aposta.
Assim, se é da memória
que ordenamos o sacrifício das horas
para este Deus,
porque continuamos constituindo
a nossa experiência da matéria renovada
na exumação do tempo?
Seria este o seu estado da arte,
o de esconder-se entre todas as outras obras?
e da certeza do asilo,
a única forma de tornar-se infalível?
a única verdade a do sofrimento dos que nele confiam?
Pois não há nenhuma lembrança dele
que não seja matéria do esquecimento.
176. Übermensch III
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
1 comentários:
Acrentei: 'Não há nenhuma lembrança dele que não seja matéria do esquecimento' e renovada depois de matéria.
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