Às sortes da vida chamemos família
A minha, ao tê-la por amuleto
Não houve, de certo, ser uma só vez
Sei que não caberiam neste soneto.
Das mãos de minha mãe, apaziguam a rima
Assim, entre os amores, quais são possíveis
Amparou-me quando impossíveis e
Mostrou o que, desses quereres, era estima.
Soube sempre de minha hora primeira
Antecipando o que sentia, sempre
Nos cabelos, nas unhas, nossos jeitos.
De todas as vontades foi costureira
trabalhou duro por 'o que se cumpre'
com retalhos de amores imperfeitos.
142. Soneto de minha mãe
domingo, 2 de agosto de 2009
1 comentários:
Não é 'exatamente' um soneto por causa disto:
'Sei que não caberiam neste soneto.
Das mãos de minha mãe, apaziguam a rima'
Rimar reduplica os problemas que o exercício tenta evitar. Por isso me permiti não rimar.
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