Hoje,
românticos são poucos,
românticos estão,
em aparelhos subterrâneos,
sob treinamento
em clandestinidade.
Românticos são tantos
e os centros de produção
são domesticadoras,
são da docilidade,
dos seus cadáveres.
Se estes mesmos românticos
não merecem
mais que um paredão
pelo que lutaram.
Provavelmente
por não conhecerem nada além.
Ou fuzilam ou morrem de amores
romântico tá tá; tá tá...
com os sussurros das metralhadoras.
Crêem que não são as balas
que atravessam os íntimos,
e fuzilam porque são românticos!
O erro, para eles,
representa a morte,
a política,
a produção de guerrilheiros.
Não entendem,
que errar é sinal de cumplicidade
com seu algoz necessário,
que num dia será romântico.
O que dizer quando
cada erro for capitalizado?
Neste ritmo, a morte, só em larga escala
e, a imortalidade, a presença do Nazismo.
Por fim, nada mais fugirá a banalização.
Que muito mais pessoas,
não românticas,
serão colocadas na clandestinidade,
que não haverá exílio pra tanta gente.
114. Dias de clandestinidade
domingo, 10 de maio de 2009
5 comentários:
troquei: que também será por que um dia será.
Inclui: Ou fuzilam ou morrem de amores
Fuzilam porque são românticos!
Inclui: Neste ritmo, a morte, só em larga escala!
Inclui: e, a imortalidade, a presença do Nazismo.
Inclui: como uma metralhadora sussurrante.
Postar um comentário